sexta-feira, 5 de novembro de 2010

 A família um Projeto de DEUS!

     Os profetas, guiados e inspirados pelo Espírito Santo, descreveram a relação de Deus com Israel como se fosse um relacionamento conjugal. Se Israel era a noiva de Deus, logo a idolatria da nação era comparada ao adultério[4]. No livro de Oséias nos capítulos 1 a 3 as traições da esposa do profeta representam a infidelidade de Israel, enquanto o amor constante do profeta por ela (apesar da sua prostituição) representa o amor de Deus para seu povo.
Como porta-vozes de Deus, os profetas denunciaram tanto a idolatria como a imoralidade do povo, condenando relações sexuais ilícitas e defendendo a santidade do casamento e da família[5].

           A família nos demais livros do Antigo Testamento
Os livros de história (I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas) relatam os desdobramentos da vida em família dos reis e governadores de Israel. Regra geral: quando a família do rei ia bem, a nação ia bem. Quando havia fidelidade conjugal havia fidelidade para com Deus: quando havia infidelidade conjugal havia infidelidade para com Deus. Isso fica especialmente claro na vida do rei Davi. O adultério de Davi com Bateseba trouxe instabilidade, desordem e morte para o lar de Davi, e, em decorrência, para a nação[6].
Dos livros históricos podemos concluir que pecados de natureza sexual que ferem a santidade do casamento estrangulam a vida espiritual do indivíduo, comprometendo sua comunhão com Deus. Em tais circunstâncias, a melhor opção é clamar pela misericórdia e perdão de Deus, assim como o próprio rei Davi fez nos Salmos (veja Sl 51, por exemplo).
Os dois livros “Rute” e “Ester” também têm a ver com a vida em família. “Rute” é a história dos tortuosos caminhos de uma só família que termina com um final feliz. O livro conta como uma viúva estrangeira cuida da sua sogra (também viúva) após perder seu marido. Rute é acolhida em Israel, e em conformidade com a lei de Deus se casa com um parente do marido falecido e entra no rol das mulheres estimadas de Israel por se tornar bisavó do rei Davi. Todo livro é um insight sobre a providência de Deus e sobre o cuidado especial que Deus tem para com a família. Já “Ester” relata como uma mulher sábia protege tanto os membros da sua família como o seu povo contra as tramas do maldoso primeiro ministro Hamã.
Os Salmos e livros como Lamentações e Cantares podem ser considerados como poéticos, e neles o tema da família também tem lugar. Salmo 127 “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” é o salmo da família onde os valores da família ensinados no livro todo são resumidos. Em “Lamentações” o profeta
Jeremias descreve as consequências da queda de Jerusalém, salientando os efeitos devastadores para a família[7]. “Cantares”, por sua vez, traz a apimentada história de um casal desesperadamente apaixonado, e mesmo se for uma alegoria do amor de Deus para seu povo, não deixa de mostrar o quanto que a Palavra de Deus celebra a sexualidade entre marido e mulher.
Nos livros de sabedoria (Provérbios, Jó, Eclesiastes), o tema da família é central. Repetidamente, os rapazes são advertidos contra os perigos do adultério e do caminho da prostituição, a fidelidade conjugal é celebrada e o ensino é que cada um valorize a mulher que tem[8]. A mulher virtuosa de Provérbios 31 – injustamente criticada por alguns escritores feministas – tem se tornado o ideal para esposas durante milênios.
Além dos conselhos que falam sobre como ter um casamento saudável e bem sucedido, há inumeráveis orientações para filhos, pais, e relacionamentos em geral[9]. Os livros de sabedoria, portanto, são um valioso acervo de ensino quanto à família.

      A família nos evangelhos
Jesus foi radical em muitos pontos e firmemente tradicional em outros. Naturalmente, como Deus Filho, Ele era defensor da família como projeto de Deus. É verdade que Ele advertiu que fidelidade a Ele, às vezes, causasse problemas no lar (Mt 10.35 – 37), e até hoje há crentes rejeitados por seus familiares exatamente por que abraçaram a fé cristã. É verdade também que ao que parece, Jesus estendeu o conceito de família para abranger os seus seguidores (Mc 3.33-34), e até hoje os cristãos se chamam “irmão” e “irmã”. Todavia, não deveríamos tirar essas palavras de Jesus do seu contexto.
Até mesmo uma leitura superficial do ensino de Jesus revela que Ele defendia e promovia a família. Para Jesus, a monogamia era princípio a ser celebrado, enquanto o adultério era pecado a ser evitado. O ensino dos Dez Mandamentos encontra lugar nas aulas que Ele deu aos seus seguidores, e os mandamentos que dizem respeito à família ganham nova força e intensidade quando explicados por Jesus[10].
Todavia, não detectamos nenhuma ingenuidade nas pregações de Jesus. Ele sabia muito bem que a família como ideal de Deus é muitas vezes fraturada e desconstruída num mundo escravizado pelo pecado dos homens. Por isso, sem medo de ser xingado pelos outros, Jesus procurava mostrar o amor de Deus àquelas pessoas cujas vidas familiares eram tragicamente desordenadas e desorganizadas pelo pecado. A família da fé inclui aquelas pessoas rejeitadas por suas próprias famílias e rejeitadas pela sociedade[11].

      A família nas epístolas do Novo Testamento
Como é de se esperar, o pensamento dos seguidores de Jesus bate com o pensamento do Senhor. Quase todas as epístolas do Novo Testamento apelam pela preservação da família, reproduzindo o ensino bíblico referente à fidelidade conjugal e ao respeito e amor que deve existir entre homem e mulher, e pais e filhos[12].
Nas epístolas a própria salvação em Cristo é compreendida segundo a analogia da família. O apóstolo Paulo explicou aos crentes da Turquia e da Itália que haviam sido adotados como “filhos” na família de Deus[13]. Aquele que entrega a vida a Jesus passa a ser irmão do Senhor, e co-herdeiro, ou seja, é herdeiro do Reino de Deus.
Além disso, se no AT Deus é comparado ao marido e Israel à sua mulher, no NT Jesus é o Senhor e a Igreja a sua amada noiva[14]. A Bíblia se inicia com a vida em família, e termina, no livro de Apocalipse, com a visão espiritual da união no final dos tempos de Jesus e a sua noiva, a Igreja (Ap. 22.17).

                               Conclusão
Na atualidade percebemos que a família está sob ataque. Satanás investe pesado na desconstrução dos lares e muitas consideram o adultério “normal”. O secularismo dos nossos dias também prejudica a estrutura familiar. É incrível pensar, mas em países de fala inglesa, as famílias estáveis, sobre as quais a sociedade se constrói, pagam mais impostos do que as desestruturadas. Na Inglaterra, por exemplo, consta que alguns casais pobres têm optado pelo divórcio exatamente porque traz consideráveis benefícios na Receita Federal! Hoje, sabemos que se desfaz a família com a maior facilidade, onde muitas vezes os filhos se tornam como uma bola num jogo de ping-pong, tragicamente jogados de um lado para o outro.
Porém, a família é projeto de Deus! De Gênesis a Apocalipse, literalmente, a Bíblia mostra a importância da família, levanta a bandeira e luta por ela. Como cristãos, reconhecemos que as pessoas erram e frustram este projeto de Deus, mas insistimos que ela continue como norte e ideal para a sociedade humana. Sabemos, enfim, que a família é projeto de Deus para mim e para você.

É possível ser Cristão sem Frequentar a Igreja?



         
Como se dá o crescimento espiritual de um cristão? Podemos nos desenvolver spiritualmente mesmo alheios a vida da igreja? Qual a importância de estarmos juntos? O que significa ir a igreja? Por que temos de ir a igreja? Será mesmo possível deseenvolvermos nossa vida espiritual à parte da igreja, através da leitura bíblica e oração particular? em Ef 4.1-16, o Apóstolo ressalta a importância da igreja. Temos ali uma exortação à unidade, o que requer a eliminação de todas as tendências para as facções, que são apenas manifestações de egoísmo. Em Ef 1.9, 10, onde está escrito: “desvendando-nos o mistério da sua vontade ... de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra”, vemos que o grande desígnio de Deus é a restauração e a unidade de todas as coisas em torno de Cristo. a igreja deve experimentar a unidade para tornar-se a primeira ilustração de como o Senhor haverá de reunir todas as coisas em torno de Jesus. Os próprios anjos se colocam a observar o que Deus está fazendo no seio da igreja, e desse modo aprendem o que o Senhor fará em todo o universo.
Foi o próprio Jesus quem disse: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome ali eu estarei” (Mt 18.20).  Ressaltando a importância da comunhão. Quando os irmãos se reúnem Deus se faz presente de uma maneira toda especial. É na unidade do povo de Deus que o Senhor “ordena a sua bênção e a vida para sempre” (Sl 133.3).
Muitas orações são respondidas porque oramos juntos em unidade: (Mt 18.19) “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhe-á concedida por meu Pai que está nos céus.” E a própria plenitude do Espírito se dá quando estamos reunidos como Igreja como aconteceu no primeiro Pentecoste e conforme o ensino de Paulo aos Efésios, quando diz: “enchei-vos do Espírito Santo, falando entre vós com salmos e cânticos espirituais... sujeitamos uns aos outros no temor do Senhor. a vida cristã não é a exaltação de nossa individualidade, ou de nossa independência, mas, sim, é uma vida em congregação, em unidade, em sociedade, em amor. Somos individualmente membros do corpo de Cristo. Onde estamos interligados e interdependentes. Não podemos ser cristãos tipo “ilha”, não podemos viver isolados do corpo. A própria oração que Jesus nos ensinou é uma oração que deve ser feita em conjunto: “Pai nosso... e pão nosso”. Não podemos nos batizar a nós mesmos e nem ministrarmos a Ceia sozinhos, individualmente, para nós mesmos.
  não devemos nos preocupar apenas com nossa santidade e edificação pessoal. Não devemos buscar apenas o que é nosso. Devemos evitar o egoísmo e o individualismo.
A questão da solidariedade é muito forte na igreja, por esta razão nos exorta o autor de Hebreus, dizendo: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes façamos admoestações, e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.” (Hb 10.25).
                 O cristão cresce espiritualmente através da verdade e do amor. Ele não cresce sozinho, independente dos outros, alheio à igreja. Mas cresce como membro do corpo de Cristo, em íntima comunhão com os demais membros e vinculado a Cristo que é o cabeça do corpo. Um dedo, se for cortado do corpo, deixa de crescer, morre e apodrece, pois não há vida fora do corpo para ele. Portanto, não deixem de congregar!









Um comentário:

  1. Muito boa esta matéria sobre a familia! aconselho a todos a lerem com atenção! Marcos Azevedo

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